segunda-feira, 4 de junho de 2007

A NASA e o seu Director em desacordo sobre o aquecimento global!

Na semana passada, quase em simultâneo, a NASA alertou que são necessárias medidas urgentes para evitar uma calamidade provocada pelo aquecimento global (ver este link), ao passo que o seu ad, Michael Griffin, parece negar que são necessárias tais medidas (ver este link).

Nas palavras de Griffin: "I have no doubt that global -- that a trend of global warming exists. I am not sure that it is fair to say that it is a problem we must wrestle with. To assume that it is a problem is to assume that the state of earth's climate today is the optimal climate, the best climate that we could have or ever have had and that we need to take steps to make sure that it doesn't change. First of all, I don't think it's within the power of human beings to assure that the climate does not change, as millions of years of history have shown, and second of all, I guess I would ask which human beings - where and when - are to be accorded the privilege of deciding that this particular climate that we have right here today, right now is the best climate for all other human beings. I think that's a rather arrogant position for people to take."

Este desacordo, além de extremamente bizarro, põe em destaque várias questões.

Em primeiro lugar, é sabido que há menos de um ano, um oficial da NASA foi despedido após ter tentado 'abafar' resultados de investigações científicas, da própria NASA, que iam contra a actual política do Presidente Bush que, como sabemos, não dá a importância devida às questões ambientais, por forma a poder favorecer os lobbies que o levaram ao poder.

No entanto, Bush está a anunciar medidas que parecem (apenas parecem) apontar para um desejo de controlar as emissões de CO2 e controlar o aquecimento global. Digo que apenas parecem porque as declarações de Bush vão apenas no sentido de 'marcar reuniões' com outros governos a fim de marcar datas a longo prazo (ver este link).

Ora sendo Griffin pouco mais que um fantoche de Bush, temos de estranhar esta súbita descoordenação entre Griffin e o seu 'mestre'.

Em terceiro lugar, e muito mais grave, revela a total descoordenação entre Griffin e a agência espacial que lidera, além de revelar gravíssimas deficiências nos seus conhecimentos acerca do problema do aquecimento global.

Creio que, neste momento, a carreira de Griffin poderá perfeitamente estar em jogo. A única coisa que o poderá manter à frente da NASA será uma actuação de tipo mafioso por parte do Governo dos EUA, o que nunca me supreenderá, dada a actuação passada deste governo, e apesar de uma suavização na imagem pública que Bush está a querer vender ao público norte-americano, sobretudo nas questões relacionadas com o ambiente, às quais o público americano é bastante sensível.

Aguardemos pois os desenvolvimentos desta bizarra polémica.

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KSC