Este é simplesmente diferente! Não é um filme de ficção científica no sentido tradicional do termo. O autor chamou-lhe uma ‘fantasia de ficção científica’, eu prefiro chamar-lhe ‘poesia em vídeo’.
É diferente porque, se virmos bem as coisas, não há realmente uma história ou um enredo. Há realmente uma ‘história’, que nos é contada enquanto vemos as imagens, que são imagens de uma missão real do Space Shuttle, a STS-43, que enviou para Júpiter a missão Galileu, e de mergulhos sob o gelo do Oceano Ártico.
Muito resumidamente, e sem querer estragar a surpresa, há muitos anos, um planeta na galáxia de Andrómeda viu-se a braços com uma mudança do clima global de dimensões catastróficas - a sua atmosfera estava a congelar! Como tal, os habitantes desse planeta decidiram fugir, e enviaram naves espaciais para todos os cantos do Universo. Uma delas veio parar à Terra, há um ou dois séculos. Aparentemente, o incidente de Roswell também envolveu uma das sondas enviadas desse planeta. Infelizmente, ao analisarem essa sonda, os cientistas, sem o saber, contaminaram todo o planeta Terra, pelo que tiveram de enviar uma missão tripulada em busca de outro planeta habitável. Graças a técnicas muito avançadas de navegação espacial - baseadas em teorias reais e até já comprovadas - conseguem alcançar um planeta aparentemente habitável… Básicamente um planeta com a atmosfera totalmente congelada, sob a qual existia um enorme oceano… ;) Chamaram-lhe... ‘Wild Blue Yonder’
Esta história é ilustrada pelas tais imagens reais gravadas no Space Shuttle e sob o gelo Ártico, acompanhada por uma banda sonora completamente invulgar - só ouvindo, aquilo parecem canções esquimós ou outra coisa assim parecida. Mas o efeito é fabuloso!
No meio desta ‘história’ são-nos explicadas teorias de navegação celeste que, segundo o narrador, permitiriam à nave chegar ao planeta Wild Blue Yonder muito mais rápidamente do que se andassem à velocidade da luz. É preciso desligarmos um bocadinho o cepticismo, sobretudo se conhecermos as teorias em questão. Em particular a teoria dos ‘túneis gravitacionais’ não serve para fazer viagens a velocidades mais altas do que a da luz, mas para fazer viagens interplanetárias - ou interestelares - com dispêndios muito reduzidos de energia. Esta teoria foi já mesmo posta à prova com uma sonda européia que alcançou a Lua, mas que precisou de vários anos para o fazer! Claro, não gastou foi combustível quase nenhum.
Mas o efeito resulta. Acho original a forma como se ilustrou uma fábula de ficção científica, e sobretudo do fim. Que não vou descrever, claro.
Creio que este DVD não foi ainda editado em Portugal, só o encontrei disponível em DVD de Região 1, por importação.
5 estrelas, de 5 possíveis!
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